terça-feira, 11 de maio de 2010

Lembrando Bob Marley


Ainda lembro a primeira vez que ouvi Bob Marley. Devia ter tipo uns 16 ou 17 anos. Que sensação maluca aquele som me provocou. Eu andava numa época de ouvir muito rock – achava que era o único som capaz de expressar toda a rebeldia que eu sentia. O álbum era Kaya, que trazia o hit “Is this Love”. Um sucesso cercado por outras nove canções matadoras, um álbum perfeito para quem estava sendo apresentado ao maior ícone do reggae.

O que mais me impressionou foi o climão que o disco – sim, isso foi no tempo dos velhos elepês de vinil – todo emanava: um som místico, sem ser chato, e ao mesmo tempo alto astral. Uma música que permitia dançar e pensar ao mesmo tempo. E as baladas, perfeitas. Também foi legal ver um negro de guitarra em punho, de novo, como Hendrix e os velhos bluesman como B.B. King. Pirei mesmo e comecei a catar tudo sobre Marley – descobri o lado mais político, panfletário e engajado, muito forte no álbum Survival, mas que nunca perdia o balanço, a melodia e a poesia. Um som que abriu minha cabeça e que me acompanha até hoje. Nesse 11 de maio, quando se completam 29 anos da morte dessa grande figura da música que falou de paz, de amor, de respeito às pessoas, presto aqui o meu tributo.

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