terça-feira, 31 de março de 2009

Uma história curta

Precisava matar o eu que emergia cada vez que bebia. Sabia muito bem o que fazer: bastava nunca mais abrir uma garrafa ou aproximar-se de qualquer gota de álcool. Uma sentença bastante adequada a um crime tão sórdido. Os dias prosseguiam enquanto arquitetava cada detalhe de seu macabro plano. Porém, o tiro saiu pela culatra. Suspeitando do atentado que era tramado contra sua existência pelo lado sóbrio de sua pessoa, o eu beberrão adiantou-se e contra-atacou, não sem demonstrar requintes de crueldade. Passou a dar o ar da graça diariamente em todos os botecos das redondezas. Mal abria os olhos, saltava sobre a rota sobriedade e impunha a sua vontade. Afogou o inimigo aos poucos, sem uma gota de piedade.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O publicitário deve ser palmeirense...


Um anúncio de página inteira da Batavo, na ZH do último domingo, saudando o patrocínio fechado com o Corinthians me chamou a atenção. Sem levar em consideração a luta do craque Ronaldo Nazário para voltar à boa forma no time do Parque São Jorge, os caras estamparam na peça publicitária a frase "Mais um reforço de peso para o Timão". Descuido do publicitário ou sacanagem pura? Tudo bem, o Fenômeno não vai morrer por isso, mas deve estar cheio de palmeirense, santista e são-paulino rachando o bico por aí depois dessa.

quarta-feira, 18 de março de 2009

E o capitalismo também fracassou...

E o capitalismo também fracassou. Depois da crise econômica mundial deflagrada no ano passado com o estouro da bolha imobiliária norte-americana, o grande propulsor do desenvolvimento entrou em colapso. É com surpresa que vejo expoentes do liberalismo econômico como Alan Greenspan (ex-presidente do Federal Reserve, o Banco Central do Tio Sam, na foto) porem a mão na consciência e assumirem publicamente que algo deu errado e não funcionou como o esperado. Mesmo que o tenham feito depois dessa grande cagada infestar o mundo inteiro.
Toda aquela conversa de auto-regulação do mercado veio por água abaixo, assim como o regime soviético e o muro de Berlim. A quebradeira dos bancos e as demissões em massa acordaram esse pessoal: Putz!!!! A economia não é um ente autônomo (embora seja bem complexo), que se move ao sabor do vento ou por conta própria. Mesmo me julgando ignorante sobre o assunto, isso sempre pareceu claro para mim. Não entendo como esses renomados senhores se deixaram enganar por tanto tempo. E ainda constato que a grande maioria deles não faz a menor idéia do que fazer para tirar o mundo desse atoleiro.
Agora, restou comprovado que, se o engessamento total da estatização não é a melhor proposta, o bacanal econômico que se jactava como promotor da prosperidade mundial também não é. São inegáveis os avanços gerados pelo capitalismo nos últimos 20 e poucos anos. Pena que tudo isso tenha acontecido apoiado em uma base inconsistente, que ruiu há poucos meses. Quantos anos terá o mundo regredido quando essa zona toda acabar? Não sei e nem os grandes economistas sabem.
Só espero que quando as coisas melhorarem – sim, eu acredito que a crise financeira vai passar – todos os senhores do capital que agora estão saneando os seus negócios com recursos dos cofres públicos não esqueçam essa esculhambação toda e cuspam no prato que comeram pregando o Estado mínimo e o livre mercado a qualquer custo.

Alan Greenspan: "Agora fudeu..."

domingo, 8 de março de 2009

Leiam!!! É muito bom...

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios - Marçal Aquino. Que título!!!!!! E a história é melhor ainda, hehehehe!

sexta-feira, 6 de março de 2009

O dia em que o Demo cruzou o caminho do Rock N'Roll


Em 1968, a maior banda de Rock N'Roll do mundo, The Rolling Stones, chegava às paradas com o álbum Beggar's Banquet. O disco trazia o clássico Sympathy for the Devil – compaixão/piedade pelo diabo, em bom português. Na letra, Mick Jagger narrava as andanças do diabo na Terra.
Já vistos como maus elementos por parte da sociedade – que outra banda carregava nas costas o slogan “Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?” -, chegados ao consumo de drogas e freqüentadores de orgias inenarráveis, o quinteto inglês dava mais munição a seus detratores.
Sympathy for the Devil também foi a canção que abriu o set list dos Stones no concerto ao ar livre, em 6 de dezembro de 1969, em Altamont Raceway, em San Francisco (EUA). Durante o festival, foram registradas ao menos três mortes, uma delas, a de um jovem negro esfaqueado por um integrante dos Hell's Angels, gangue (ir)responsável pela segurança do evento. A cena está registrada no filme Gimme Shelter.