quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sarney: cara dura é pouco


Como se o copo da nossa paciência ainda não tivesse transbordado, o senador José Sarney tenta explicar o que não tem explicação. Tudo bem: o nobre parlamentar não é o inventor da corrupção. Mas, com toda a certeza, é um dos mais cotados a ser escolhido como seu maior símbolo no Brasil dos últimos tempos. Sarney é da cada vez mais comum estirpe que não faz distinção entre o público e o privado. Aos 79 anos de idade e mais de cinco décadas de vida política, o ex-presidente é a personificação do que pode haver de pior em um agente público. Ao longo dos anos, tem usado o status e o poder que os diversos cargos que ocupou lhe conferiram para ampliar cada vez mais o império político de sua família – um negócio que tem explorado muito bem. Tá certo que ele não é o único: Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho e Michel Temer, para não alongar muito a lista, também são pródigos em histórias mal contadas ou além da imaginação. Entretanto – e ainda bem, nenhum deles ocupou a presidência da República. Mas o que mais podemos esperar, quando até o Lula dá atestado de bons antecedentes ao Sarney?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lupicínio 2000

Vou me embrutecer
Vou me imolar
Triturar corações
e comê-los no jantar
As tuas lágrimas,
colherei todas
em meu cálice de esmeraldas
O teu choro vai matar a minha sede
Eu vou sempre esperar
tu quebrares a cara
Quando isso acontecer
eu estarei lá, para rir do teu sofrer
19/06/09

O fim do silêncio

É verdade, eu andei sumido. Optei por ficar um tempo longe do computador. Por obrigação profissional, já passo boa parte das 44 horas semanais da minha jornada de trabalho espancando o teclado de um PC. Na real, pra um cara como eu entrar nessas de virar blogueiro, primeiro tem que se disciplinar pra não desandar o resto da vida. Eu entrava em casa, comia alguma coisa e ligava o computador. A louça ia se acumulando na pia e assim ficava - eu não dou muita pelota mesmo pra esse papo de faxina. Meu apê continua bastante próximo de um aterro sanitário, mas consegui me organizar o suficiente para chamar uma heróica diarista.
Eu andava lendo menos também. Por mais que eu esteja fora de Pelotas há quase oito anos, eu ainda carrego comigo aquela impressão de ser um exilado. Daí ligo a máquina e fico de bobeira uma boa parte da noite no msn, batendo papo com os amigos que também estão longe. As revistas e livros estavam empilhados e abandonados à sorte na cabeceira da minha cama.
Meu violão praticamente não me reconhecia e havia um monte de novas músicas que eu andava louco pra aprender. Por fim, e principalmente, andava sem tesão pra escrever. Assim, essa parada surgiu naturalmente.
Agora estou tentando "botar ordem no pagode". Vamos ver no que vai dar.