sábado, 4 de abril de 2009

O dia em que o Demo cruzou o caminho do Rock N'Roll – Parte II


“Eu fui até a encruzilhada e me ajoelhei”. Assim começa a letra de “Crossroad Blues”, onde Robert Johnson descrevia um pretenso encontro com o “Tinhoso”. Johnson é uma figura lendária do Blues. Conta-se que o cara era um guitarrista medíocre e que, depois de passar alguns meses inexplicavelmente desaparecido, retornou com uma destreza inacreditável nas seis cordas.
Ao apresentar músicas como a citada e outras - Me and the Devil Blues, Hellhound on my Trail –, todas com referência ao “Coisa Ruim”, Johnson selava a fama – infundada ou verdadeira – de que toda a sua habilidade musical era resultado de um pacto com o Capeta. O bluesman nasceu em 8 de maio de 1911, no Mississippi (EUA), e a partir de 1931 passou a viajar pelo sul do país com seu violão. Gravou somente 29 músicas (The Complete Recordings of Robert Johnson traz 41 faixas porque inclui mais de uma versão de cada música). Robert Johnson faleceu em 1938 e há diversas versões para sua morte: envenenamento por uma dose de uísque com estricnina oferecida por um marido traído ou algo parecido; ingestão de uísque de má qualidade; e baleado pelo pai de uma namorada. Apesar da curta obra, é influência de diversas feras do rock n’roll e do Blues como Elmore James, Muddy Waters, Eric Clapton e Keith Richards, só pra começar.

2 comentários:

  1. Inesquecível história! Esse era assumidaço! Há centenas de sites dizendo que o rock é coisa do demo... taí a prova. Dizem também que Paganini tinha trato com o coisa ruim e não exagero em dizer que Niccolò Paganini foi o bisavô do rock.

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  2. Pow!!!! Essa do Paganini eu não sabia, hehehehe.

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