Bom Canalha
Reflexões, confissões e canalhices em geral
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Nem te conto
Neste sábado, 25 de agosto, às 14h, na Praça Getúlio Vargas, em Santa Cruz do Sul, durante a 25ª Feira do Livro do município, ocorre o lançamento da antologia Nem te conto. O projeto foi organizado pelo Rudinei Kopp e o Romar Beling. Os autores convidados tinham uma única obrigação: que seus contos tivessem alguma relação com a cidade de Santa Cruz do Sul. Quem quiser conferir o resultado, é só passar no estande da Editora Gazeta, na feira, e adquirir um exemplar.
Marcadores:
antologia,
contos,
daniel silveira,
Literatura,
Santa Cruz do Sul,
silverdani
domingo, 22 de julho de 2012
Vampira
Ela vai beber meu sangue enquanto seca as minhas lágrimas
Vai passar a mão no meu rosto e dizer que está tudo bem
A gargalhada dela vai ecoar no beco escuro
Enquanto a minha respiração vai perdendo a força
Será que o sabor da gente fica melhor agora, na hora de
deixar esse mundo?
05/05/11
domingo, 6 de maio de 2012
Ouça a minha voz
Ouça a minha voz
E o que tenho a dizer nesse momento.
Decorei cada traço do teu rosto,
O contorno do teu corpo.
Agora, só preciso rasgar meu peito
E te mostrar o sentimento.
É devoção, é luxúria,
É também contentamento
Dos meus olhos que te encontram,
Forma luminosa que brilha pela rua.
Uma estrela na calçada que a mão alcança.
Ouça a minha voz e acredite no que eu digo.
Quero cada parte do teu corpo,
Cada palavra do teu pensamento.
Me leva contigo na tua bolsa, no teu bolso.
Como o perfume no teu pescoço e o suor que molha teu cabelo.
05/05/2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
Rumo à Capital
Ela entrou no ônibus. Usava um vestido preto, os braços e as
costas a mostra, assim como boa porção das pernas. Ah, as pernas. Com os pelos
descoloridos, prenderam os olhos dele de maneira irremediável. Da poltrona, ele
observava a majestade daquele corpo, a imponência daquela presença na fileira
de bancos ao lado. E imaginava.
As mãos cruzadas sobre o colo, com as unhas cor de rosa. Vez
que outra, puxava o vestido tentando esconder as coxas morenas. Implorava em
silêncio, com os olhos, para que ela não cobrisse o refúgio onde a sua imaginação repousava naquele
instante. Então, ela sentiu frio. Não fossem os pelinhos das pernas arrepiarem,
ele nem teria percebido que o ar condicionado do ônibus havia sido ligado.
20/04/12
domingo, 20 de novembro de 2011
Oráculos
Quem lê versos na madrugada fria
procurando respostas para o vazio da existência
tem no poeta um pastor, um messias.
Um sacerdote às avessas,
que grita:
te joga na vida,
escreve teus poemas com tuas próprias palavras.
19/11/11, na madruga.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Silêncio involuntário
Silêncio involuntário,
De significado impreciso.
Queria ter dito antes tudo quanto imagino,
Mas nos pensamentos por vezes me aprisiono,
Calado, contrito.
As ideias a perturbar meu sono,
Tua imagem sem rosto me fazendo vigília.
Não me dizes nada,
apenas aguardas que eu adormeça,
enquanto espantas meus demônios.
Por fim, desperto com meu próprio grito
Desse sono de morte que me calara.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Aparição
Tua presença, tão perturbadora quanto um fantasma,
Me persegue em sonhos, no meu quarto, pela sala.
Um espectro pálido, uma lembrança desbotada,
Que não se desmancha na memória.
Um holograma ao meu lado na calçada.
Acordado ou sonhando, está sempre lá a imagem,
A repetir-se em minha história.
Assinar:
Postagens (Atom)